quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PSICANÁLISE E APRENDIZAGEM

PSICOPEDAGOGIA

Objetivos:
Compreender em que a psicologia pode contribuir para facilitar, clarear e subsidiar a intervenção psicopedagogica;
Conhecer os pressupostos básicos da teoria psicanalítica;
Enfocar as dificuldades de aprendizagem á luz da psicanálise;
Discutir estratégias de intervenção psicopedagogica na resolução das dificuldades de aprendizagem a partir da concepção psicanalítica.

Conteúdos:
Abordagens das posições mais abrangentes existentes na Psicologia Educacional
História da Psicanálise
Conceitos Básicos
Desenvolvimento da Personalidade
O Fenômeno da aprendizagem numa abordagem Freudiana
Conceitualização das dificuldades de aprendizagem
Processo de intervenção psicopedagogica

Avaliação:
Será desenvolvida ao longo das atividades em sala de aula, em forma de auto e hetro avaliação, por todos os membros do grupo e através de um trabalho final escrito, individual, com temas inerentes ao conteúdo do trabalho.




Em que a Psicologia pode contribuir para o trabalho em Educação
Zenita Cunha Guenther

Os educadores têm buscado tradicionalmente, na psicologia, indicações e pontos de apoio para o trabalho educacional.

[...] O que quase sempre se encontra é uma psicologia temerosa e esfacelada, entre grupos ocupados em manter e defender certos pontos que lhes parecem vitais, aquela linha de pensamento que eles desejam seguir, demonstrando impotência para conseguir progresso na compreensão do ser humano e da vida humana e toda sua totalidade e complexidade. A visão geral que é transmitida á maioria dos educadores é de que a psicologia educacional não se ocupa daqueles problemas que são realmente importantes para a educação.

[...] Sua origem histórica é traçada ao pensamento associacionista, que naturalmente definia todo o funcionamento psicológico em termos de associações tanto no aspecto físico, mental e emocional.

[...] Ao mesmo tempo em que se desenvolvia dentro da psicologia educacional a posição comportamentista, um grupo de educadores, insatisfeitos com a definição de educação apenas em termos de comportamentos, seguia uma outra linha de pensamento, originária da área médica, e que colocava ênfase na pessoa do aluno, especificamente, na dinâmica de sua personalidade e de sua constituição emocional. Essa maneira de pensar a educação buscava seus fundamentos na psicologia psicanalítica de Freud. A teoria de Freud e seus seguidores tiveram bastante publicidade e divulgação no público não profissional em psicologia influenciando varias áreas de pensamento e atividade humana, inclusive a educação.

[...] Os pontos principais, a serem tomados pêlos educadores foram, de um lado, o conceito de natureza do ser humano, como um estado constante de disputa entre exigências biológicas e exigências sociais: em linguagem psicanalítica, uma luta entre o “id” que é a sede dos instintos, da natureza animal do homem, do seu ser biológico, e o “superego” que é o núcleo dos valores, das normas, das exigências de perfeição que constituem o ser social; entre essas duas fontes irracionais de demandas, desenvolve-se o “ego” que é a parte racional, realista, que trabalha e maneja as exigências do id e superego, em termos de realidade, visando o equilíbrio que garante a continuação da vida, ou seja, tanto a sobrevivência biológica como social.

[...] Uma outra forte influencia que o pensamento psicanalítico trouxe para a educação foi a premissa de considerar a experiência passada como a maior determinante do comportamento atual da pessoa , principalmente de padrões de comportamentos distorcidos, ou seja de “problemas de comportamento”.

[...] É preciso repetir que o pensamento psicanalítico trouxe uma enorme contribuição a educação, mudando o enfoque do aprendido, da tarefa, do comportamento, para quem aprende para a pessoa total do aluno; esse aluno vem para a escola de algum lugar, traz consigo um passado, uma historia individual, como no caso da classe social a que pertence, e chegando a escola suas ações ali resultam dessa composição pessoal da historia, a qual se manifesta,para o professor na maneira única e pessoal de ser de cada um.

[...]

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