quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL - UMA PRÁXIS EM CONSTRUÇÃO

SIMONE CARLBERG

RESUMO

Este trabalho é resultado da aplicação de uma proposta de estágio supervisionado em Psicopedagogia Institucional no curso de Psicopedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Sua implantação iniciou em 1995 e objetiva a sistematização de uma prática.
A proposta de estágio supervisionado está fundamentada nas reflexões profissionais da autora, que se utilizou e se utiliza das reflexões de outros profissionais para construir a sua matriz de pensamento diagnóstico. O referencial teórico está apoiado na Teoria da Epistemologia Convergente (Jorge Visca) que por sua vez fundamentou sua Teoria em três outras escolas: Psicologia Social (Enrique Pichon-Rivière), Escola de Genebra e a Psicanálise. A autora subdivide a atuação do Psicopedagogo Institucional em Psicopedagogo contratado e Psicopedagogo assessor, fazendo a diferenciação de tarefas e o âmbito de atuação de cada um deles, descrevendo o estágio supervisionado com ênfase no Psicopedagogo assessor. Nesta proposta o Psicopedagogo Institucional assessor aproxima-se do seu objeto de estudos, no caso, a Escola, utilizando-se de uma metodologia própria, que tem como primeiro instrumento de pesquisa a E.O.C.M.E.A. (Entrevista Operativa Centrada no Modelo Ensino Aprendizagem), que segue princípios da postura operativa empregada nos Grupos Operativos, bem como descreve outros instrumentos para a pesquisa institucional, diferenciando-os da prática clínica psicopedagógica. O intuito é a identificação da modalidade de ensino aprendizagem da Escola pesquisada para posterior encaminhamento e projeto de processo corretor. A Psicopedagogia Institucional, nas suas duas possibilidades: Psicopedagogo contratado e assessor, exigem do profissional, um profundo conhecimento do funcionamento de grupos, bem como um equilíbrio emocional e um código de ética profissional muito bem elaborado e digerido, pois trabalhar com grupos é estar permanentemente administrando conflitos.

PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL - UMA PRÁXIS EM CONSTRUÇÃO[1]
SIMONE CARLBERG [2]

Em 1995, ao ser convidada a ministrar a disciplina Fundamentos Pedagógicos da Psicopedagogia no curso de Psicopedagogia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, fui provocada a sistematizar uma prática vivida no cotidiano escolar. A forma como a disciplina foi organizada, confirmou a demanda da clientela, o que levou a Coordenação do Curso a propor ao grupo o estágio na área de atuação mencionada.
Este movimento tem sido constatado na História da Psicopedagogia no Brasil, em que, inicialmente, o enfoque era clínico, dado o número de crianças com sintomas de dificuldades de aprendizagem e a impossibilidade da Escola, em dar conta de tal demanda. A partir do momento em que as dificuldades de aprendizagem foram sendo melhor estudadas e o conhecimento psicopedagógico se construindo, foi-se identificando o que denomino “dispedagogia”, uma analogia às tão conhecidas “dis” (dislexia, disgrafia, discalculia, entre outras).
O termo “dispedagogia” tem sido utilizado para nomear os sintomas apresentados por uma Instituição na sua prática educativa. Dis, significando dificuldade e pedagogia compreendida como “a arte de instruir, ensinar ou educar crianças”[3], ou seja, as dificuldades encontradas pela Escola na sua prática, referentes à metodologia de ensino, ou ao vínculo que estabelece com seus alunos.
A Escola enquanto “produtora” de dificuldades de aprendizagem.
Entende-se que a Escola, muitas vezes, produz dificuldades de aprendizagem em seus alunos devido aos obstáculos encontrados para a implantação e execução de um plano curricular. Esta “dispedagogia” é o ponto de partida para a compreensão da complexidade encontrada pela instituição Escola.
A dispedagogia é o conjunto de sintomas apresentados pela Escola, não apenas um termo diagnóstico.
Na prática clínica, partimos dos sintomas para pesquisarmos as causas; e na Instituição, fazemos o mesmo percurso. Mas, qual é esse percurso ? Em que está fundamentado ?
As idéias contidas nesse texto são, evidentemente, a expressão das reflexões profissionais da autora, juntando-se as de outros profissionais para construir a sua matriz de pensamento diagnóstico. O referencial teórico está apoiado na teoria da Epistemologia Convergente, proposta por Jorge Visca, Psicopedagogo Argentino, que, por sua vez, fundamentou sua teoria em três outras escolas, a saber: Psicologia Social de Enrique Pichon-Rivière, médico psicanalista argentino, fundador da Escola de Psicologia Social; a Escola de Genebra, com o seu principal representante, Jean Piaget e a Psicanálise. Sendo assim, as idéias aqui contidas, como não poderiam deixar de ser, estão ligadas aos modelos teóricos indicados acima, somadas, é claro, às práticas pedagógica e psicopedagógica de mais de vinte anos.
A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
Entende-se que a Psicopedagogia Institucional não está relacionada somente a instituição escolar, pois pode ser pensada também na dimensão hospitalar e empresarial. No entanto, o enfoque dado nesse texto será o escolar.
O Psicopedagogo que pretende atuar na Instituição escolar tem duas possibilidades: poderá ser contratado por uma ou ele poderá ser assessor de várias.
Enquanto Contratado, o Psicopedagogo tem, em princípio, as seguintes tarefas [4] (listagem reelaborada a partir do paralelo entre o Professor, Psicopedagogo Clínico e Institucional de autoria de Neide de Aquino Noffs):

ü administrar ansiedades e conflitos;
ü trabalhar com grupos - grupo escolar é uma unidade em funcionamento;
ü identificar sintomas de dificuldades no processo ensino-aprendizagem;
ü organizar projetos de prevenção;
ü clarear papéis e tarefas nos grupos;
ü ocupar um papel no grupo;
ü criar estratégias para o exercício da autonomia (aqui entendida segundo a teoria de Piaget: cooperação e respeito mútuo);
ü fazer a mediação entre os subgrupos envolvidos na relação ensino-aprendizagem (pais, professores, alunos, funcionários);
ü tranformar “queixas em pensamentos” (Alícia Fernandéz)
ü criar espaços de escuta;
ü levantar hipóteses;
ü observar, entrevistar e fazer devolutivas;
ü utilizar-se de metodologia clínica e pedagógica, “olhar clínico”;
ü estabelecer um vínculo psicopedagógico;
ü não fazer avaliação psicopedagógica clínica individual dentro da instituição escolar, porém, pode fazer sondagens;
ü fazer encaminhamentos e orientações;
ü compor a equipe técnica-pedagógica;
ü para tanto, necessita de supervisão e formação pessoal.

Algumas dessas tarefas também podem ser desempenhadas pelo Psicopedagogo Assessor, porém a principal e fundamental diferença é que ele não ocupa um papel no grupo. O que isso quer dizer ? Enquanto unidade em funcionamento, um grupo é composto por pessoas que têm características diferentes, porém, para funcionar como tal, é necessário que cada elemento tenha uma função e um papel nele. O Psicopedagogo Contratado ocupa um e outro no grupo institucional, que pode ser de liderança ou não. Sendo assim, ele pode estar ocupando um papel que não lhe permite enxergar tudo aquilo que é necessário; é como se ele estivesse misturado aos demais. Isto o impede de ter uma distância suficientemente boa para perceber o que é seu, do grupo, ou ainda, o que é resultado do funcionamento grupal. Já o Psicopedagogo assessor, pelo menos em tese, tem o privilégio de manter uma distância suficientemente boa para observar o funcionamento de um grupo e poder, inicialmente, levantar hipóteses diagnósticas e, posteriormente, propôr e executar o processo corretor.
O fato de uma instituição escolar ter em seu quadro um psicopedagogo institucional contratado, não invalida ou, não substitui as tarefas que só podem ser executadas por um assessor, ou seja, alguém que vem de fora, vê de fora, pontua, revela, identifica o latente naquilo que está manifesto.

UMA FORMA DE APROXIMAÇÃO: E.O.C.M.E.A. (Entrevista Operativa Centrada na Modalidade[5] de Ensino-Aprendizagem)
O Psicopedagogo Institucional Assessor faz diagnóstico institucional e, no modelo que proponho, esse acontece de forma semelhante ao proposto pela Teoria da Epistemologia Convergente (Jorge Visca). A saber:
1. queixa, contrato, enquadramento;
2. Entrevista Operativa Centrada na Aprendizagem (E.O.C.A.);
3. primeiro sistema de hipóteses;
4. seleção dos instrumentos de pesquisa;
5. segundo sistema de hipóteses;
6. seleção de instrumentos de pesquisa complementares (quando necessário);
7. linha de pesquisa para anamnese;
8. informações complementares;
9. terceiro sistema de hipóteses ou hipótese diagnóstica com indicações e prognóstico
10.devolutiva e
11.informe psicopedagógico.

Esse modelo diagnóstico possibilita ao profissional aproximar-se do seu objeto de estudos de maneira pouco “contaminada”. Segundo Visca[6], “lo primero en el orden de la génesis es lo último en el orden del análisis” (p.84).
Como o modelo descrito acima foi organizado pensando-se em clínica e o que se pretende é a construção de um modelo diagnóstico institucional, algumas adaptações foram necessárias. A principal delas é a primeira entrevista, ou seja, a Entrevista Operativa Centrada na Modalidade de Ensino-Aprendizagem (E.O.C.M.E.A.)
Fundamentada no modelo da E.O.C.A., ela prevê uma aproximação ao objeto de estudo de maneira a perceber o que o grupo sabe e, não simplesmente, o que o grupo não sabe. Este saber é relativo à operatividade em e do grupo. Objetiva, portanto, pesquisar a dinâmica (o que o corpo fala), a temática (o que é verbalizado) e o produto. A intenção não é a pesquisa isolada desses aspectos, mas sim a articulação deles e seu significado.
Na clínica, a E.O.C.A. é, tradicionalmente, aplicada por um profissional. Já na instituição, dado o número de pessoas em um grupo, são necessários três profissionais; um deles fazendo a função de coordenador, um de observador de temática e o outro de observador de dinâmica. Forma-se, então, uma equipe de coordenação, em que não há uma hierarquia e, sim, uma operatividade. Cada elemento da equipe ocupará um papel previamente acordado e terá uma função específica. Ao coordenador, caberá apresentar ao grupo pesquisado a consigna e fazer as intervenções necessárias para facilitar a entrada do grupo na tarefa. Ao observador de temática, caberá observar e registrar tudo
aquilo que é verbalizado pelo grupo e ao observador de dinâmica, tudo aquilo que for ação no grupo. Todas estas informações serão posteriormente analisadas pela equipe de coordenação, juntamente com o produto do trabalho do grupo e, só então, será possível levantar o primeiro sistema de hipóteses, para selecionar os instrumentos de pesquisa que darão a continuidade ao processo diagnóstico.
Mas como fazer isso com um grupo, em uma instituição ?
Partimos de uma queixa que, no caso da instituição escolar pode ser verbalizada pelo Diretor da Escola. A queixa é a expressão de uma dificuldade enfrentada pela Instituição Escola que, geralmente, está verticalizada em um grupo.
Dentro dela temos diversos subgrupos e em um ou mais deles, estarão depositados os “problemas”: na turma “x” ou na turma “y”; ou nos professores; enfim, um subgrupo estará sendo indicado como o depósito da problemática da instituição.
É com um desses subgrupos, portanto, que a equipe de coordenação iniciará seu projeto de pesquisa, pois estará entendendo o mesmo como o portador dos sintomas institucionais. Enquanto pesquisadores, necessitamos de uma amostragem e será esse subgrupo a amostra escolhida. Essa escolha, porém, não é simples, pois em uma Instituição são muitos os problemas e a equipe de coordenação deverá estar muito bem preparada para, durante a queixa e seu processo de análise, fazer a escolha mais adequada.
Definido o subgrupo que servirá de amostragem, passa-se para a tarefa seguinte: selecionar e organizar uma atividade que será proposta ao grupo possibilitando observar o seu modelo de funcionamento, ou o seu modelo de ensino-aprendizagem.
Essa organização demanda tempo e discussão, pois desde a consigna, até a quantidade de materiais escolhidos deverão ter um objetivo para análise do grupo. Se a quantidade de materiais por exemplo, for exatamente igual ao número de elementos do grupo, isso poderá nos impedir de observarmos como é que o grupo compartilha, ou como é que o grupo lida com a falta.
Para deixar mais claro, segue abaixo o exemplo de uma consigna de E.O.C.M.E.A[7] :
a queixa:
“turma indisciplinada e com baixo rendimento escolar. Grupo de 3ª série, composto por 24 alunos, 13 meninos e 11 meninas com idades variando entre 9 e 13 anos. Escola Pública Municipal.
E.O.C.M.E.A.
materiais: 24 quadradinhos (15 x 15 cm) de papel carmim nas cores marrom, azul, vermelho e verde;
5 rolos de durex;
7 canetas hidrocor coloridas;
2 cartolinas brancas
Obs: O número de quadradinhos de papel correspondiam ao número de alunos da turma e combinou-se previamente que, mesmo faltando alunos na aplicação, permanceriam o mesmo número de quadradinhos, a fim de se verificar como o grupo lidaria com a “falta”. A quantia dos demais materiais foi combinada a fim de provocar a interação grupal.




Consigna:
“Bom dia ! Eu sou a Rosilei, ela é a Clélia, a Andréa, a Jussara e estamos aqui, como a professora deve ter comentado, para conhecermos vocês, o que vocês sabem e o que vocês aprenderam.
Para isso, trouxemos os materiais que estão sobre a mesa para a confecção de um painel para o qual cada aluno contribuirá fazendo uma dobradura.
Cada um vai pegar um quadradinho de papel e fazer sua dobradura. Sobre a mesa existem 24 quadradinhos de papel.
Após o término da confecção da dobradura, o grupo montará um painel utilizando as dobraduras que fez e os materiais que estão sobre a mesa.
Vocês terão até as 11h e 05 min para fazer esta tarefa e agora são 10h e 15 min.”
Após a aplicação e análise dos registros e do produto a equipe de coordenação parte para a seleção dos instrumentos de pesquisa. No exemplo apresentado os instrumentos de pesquisa, selecionados em função do primeiro sistema de hipóteses, foram os seguintes:
observação das aulas de Ciências, Literatura, Educação Artística, Educação Física, aula da Professora Regente, da entrada dos alunos na escola e do recreio;
Entrevista com as professoras de Educação Física, Regente, de Literatura, Ciências, Educação Artística; com a Inspetora, Diretora e Orientadora Educacional. (entrevista com consigna aberta, ou seja, “o que você teria a nos contar sobre a 3ª série B e que você considera importante sabermos?”);
Aplicação da técnica projetiva psicopedagógica Parelha Educativa - aplicação feita individualmente com o objetivo de pesquisar o vínculo que os alunos mantinham com a aprendizagem;
Levantamento estatístico do percentual de alunos da turma que apresentavam notas inferiores à média adotada pela Instituição.
É importante registrar que os instrumentos de pesquisa utilizados na clínica psicopedagógica não podem ou não devem, na sua maioria, serem utilizados na pesquisa institucional, como é o caso do Diagnóstico Operatório, pois o que se pretende é traçar o perfil do grupo pesquisado, para podermos, então, ter a “fotografia” da Instituição como um todo naquele momento. O que importa é o funcionamento do grupo e, não, o funcionamento individual. Grupo não é simplesmente a soma do que cada elemento sabe ou deixa de saber.
Após a seleção e aplicação dos instrumentos de pesquisa temos a análise dos dados. Para essa análise utiliza-se o que Pichon denominou de Cone Invertido, instrumento de avaliação que apresenta seis vetores de análise:
pertença comunicação

cooperação aprendizagem

pertinência telé






mudança



Para cada sessão, ou para cada instrumento de pesquisa aplicado, faz-se a análise, relacionando os vetores da esquerda (que são quantitativos) com os vetores da direita (que são qualitativos) e o resultado dessa análise permitirá traçarmos a modalidade de funcionamento do grupo e, por conseguinte, da Instituição.
O perfil traçado da turma pesquisada no exemplo citado foi o seguinte:
“A 3ª série B, da Escola Municipal “Acolhedora”, com 24 alunos, funcionando no período da manhã e sob o trabalho de cinco profissionais, é uma turma que, em sua maioria possui um vínculo negativo com a aprendizagem, evidenciado na relação com os professores e pelo baixo rendimento escolar.
Esse vínculo negativo parece tomar corpo por meio da forma como é encaminhado o trabalho pedagógico com a classe: falta de enquadramento em todas as situações observadas. A condução das atividades, não estabelecendo regras e limites e não as discutindo, deixa-os dispersos, desatentos, agressivos entre si e percebe-se uma dissociação dos campos geográfico, de consciência e psicológico, o que dificulta a aprendizagem. No entanto, a turma parece manifestar o desejo de vínculo positivo com a aprendizagem, quando, em sua maioria, idealizam a situação, projetando-se nos colegas de classe.
A 3ª B é uma turma que parece pedir por liderança, mas, não tendo uma orientação clara e segura por parte dos professores, parece dar margem à manifestação de “lideranças negativas”, as quais, não sendo canalizadas para uma integração e cooperação grupal, tornam-se alvo de rótulos e constantes pertubações na realização das tarefas.
A dinâmica de todo o grupo parece revelar essa relação conflitante e, sobretudo, a temática em que a comunicação predominante parece ser anal, oral e fálica, na maior parte do tempo entre professores e alunos e alunos entre si.”
Traçado o perfil da turma, procede-se a devolutiva para a Escola por meio de documento escrito, denominado informe psicopedagógico em que serão apresentados o histórico do processo diagnóstico, os instrumentos de pesquisa utilizados, bem como o encaminhamento, indicações e prognóstico. Resumidamente, ilustro com as sugestões feitas à Escola pela equipe de coordenação do exemplo citado:
“orientação à equipe de professores que trabalham diretamente com o grupo de alunos, abordando aspectos como: enquadramento, organização e encaminhamento de tarefas, comunicação, dinâmica em sala de aula, entre outros;
reuniões e/ou grupos de estudos oferecidos ao corpo docente da instituição, buscando embasamento teórico sobre as questões em foco e também quanto à proposta curricular da mantendedora;
encaminhamento de casos específicos a profissionais especializados pela Orientação Educacional da Instituição.”
Enfim, apesar da equipe de coordenação (Psicopedagogos Institucionais Assessores), ter pesquisado somente um grupo naquela Escola, pôde-se, por meio da amostragem, identificar a modalidade de ensino-aprendizagem latente, e a partir dessa análise, sugerir um trabalho mais amplo que faria a intervenção na Instituição como um todo. Os portadores dos sintomas institucionais serviram como provocadores na busca de soluções e de modificação dos padrões estabelecidos anteriormente. A Psicopedagogia Institucional, nas suas duas possibilidades, Psicopedagogo contratado e assessor, exige do profissional, não só um profundo conhecimento do funcionamento de grupos, bem



como equilíbrio emocional e um código de ética profissional muito bem elaborado e digerido, pois trabalhar com grupos é estar permanentemente administrando conflitos.
abril/1998


sicarlberg@hotmail.com
(41) 3363.1500















[1] Síntese do trabalho apresentado no VIII Encontro de Psicopedagogos - A Psicopedagogia: desafios na
formação e atuação profissional. Modalidade: mesa redonda - O Estágio Supervisionado na
Psicopedagogia Institucional. São Paulo, julho/1998
[2] Simone Carlberg - Pedagoga (UFPr). Formação em Psicopedagogia Clínica, Grupo Operativo e
Terapia Ramain.
[3] Dicionário Prático da Língua Portuguesa. Melhoramentos: 1995
[4] NOFFS, Neide de Aquino. Entrevista: Palavra de Presidente. Revista Psicopedagogia 14 (32): 5-9,1995.

[5] Modalidade - cada aspecto ou diversa feição das coisas. Modal + i + dade. Modal = ao modo particular de ser; dade = sufixo, forma substantivos femininos abstratos que indicam característica, essência, qualidade. Idéia de ação realizada, ato efetivo.
[6] Visca, Jorge. Clinica Psicopedagogica - Epistemología Convergetne. Buenos Aires; 1994.
[7] Zelaquett, Andréa Garcia; Scroccaro, Clélia Ivete Nichele; Nichele, Jussara T. Schueda; Ferrarini, Rosilei.
Psicopedagogia Institucional: a experiência de um olhar e uma escuta na instituição escolar. Trabalho de
conclusão no curso de Psicopedagogia, Puc-Pr: nov/1995

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